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CAPÍTULO VII. Os pecados da primeira infância
Escuta-me, ó meu Deus! Ai dos pecados dos homens! E quem
isto te diz é um homem, e tu te compadeces dele porque o
criaste,enãofosteautordopecadoqueneleexiste.
Quem me poderá lembrar o...
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CAPÍTULO VII. Os pecados da primeira infância
Escuta-me, ó meu Deus! Ai dos pecados dos homens! E quem
isto te diz é um homem, e tu te compadeces dele porque o
criaste,enãofosteautordopecadoqueneleexiste.
Quem me poderá lembrar o pecado da infância, já que
ninguém está diante de ti limpo de pecado, nem mesmo a
criança cuja vida conta um só dia sobre a terra? Quem mo
recordará? Acaso alguma criança pequena de hoje, em quem
vejo a imagem do que não recordo de mim? E em que eu
poderia pecar nesse tempo? Acaso por desejar o peito da
nutriz, chorando? Se agora eu suspirasse com a mesma avidez, não pelo seio
materno, mas pelo alimento próprio da minha idade, seria justamente
escarnecido e censurado. Logo, era então digno de repreensão o meu
proceder; mas como não podia entender a censura, nem o costume nem a
razão permitiam que eu fosse repreendido. Prova está que, ao crescermos,
extirpamos e afastamos de nós essa sofreguidão; e jamais vi homem sensato
que,paralim
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